Na madrugada deste sábado (11/5), o empresário Fernando Sastre Filho, de 24 anos, motorista do Porsche envolvido em um acidente fatal, deu entrada na Penitenciária 2 de Tremembé, conhecida por abrigar “presos famosos” no interior de São Paulo.
Antes de ser transferido, ele permaneceu por três dias no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 de Guarulhos, na Grande São Paulo. Fernando se entregou à Polícia Civil em 6 de maio, após a Justiça decretar sua prisão preventiva, ficando três dias foragido.
Conforme relatado, o empresário chorou e ficou sem dormir na primeira noite na carceragem do 31º DP. Na terça (7/5), ele foi encaminhado para o CDP da região metropolitana, onde foi fichado e fotografado com cabelos desgrenhados.
Fernando é acusado de dirigir sob influência de álcool e causar um acidente em alta velocidade, resultando na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Sua transferência para Tremembé foi um pedido da defesa por alegada questão de segurança, acolhido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Saída de Nardoni
Com a chegada de Fernando Sastre, Alexandre Nardoni, condenado por matar a própria filha em 2008, deixou o complexo penitenciário na segunda-feira após ter a progressão de regime concedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Atualmente, o complexo de Tremembé abriga outros “presos célebres”, como o ex-jogador Robinho e os condenados por homicídio Cristian Cravinhos, Gil Rugai e Lindemberg Alves.
Detalhes do caso
Fernando Sastre Filho é réu por homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima. Além da morte de Ornaldo, outra vítima do acidente é o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que fraturou quatro costelas, perdeu o baço e voltou a ser internado em abril.
Mesmo com sinais de embriaguez, Fernando recebeu permissão indevida dos PMs para ir embora, sem fazer o teste do bafômetro. Os agentes responsáveis pela liberação também são alvo de investigação.
Imagens das câmeras corporais dos PMs mostram o momento em que Fernando Filho é liberado do local do acidente junto da mãe, sob a justificativa de procurar atendimento médico, o que não aconteceu.