A Executiva estadual do União Brasil na Bahia decidiu penalizar os deputados estaduais do partido que votarem a favor do projeto de lei enviado pelo governo de Jerônimo Rodrigues (PT). A medida visa impedir que os parlamentares apoiem a proposta de alterar a destinação de um empréstimo de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões), autorizado em 2015 durante a gestão de Rui Costa.
De acordo com o projeto, os recursos poderiam ser utilizados em programas de infraestrutura, mobilidade, transição ecológica, planejamento e gestão pública pelo governo atual. No entanto, a Executiva do União Brasil, liderada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, determinou que os deputados que votarem a favor terão o fundo eleitoral cortado nas eleições deste ano.
Voto de cabresto?
A decisão gerou revolta entre os parlamentares do União Brasil na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), que acusaram a Executiva estadual de impor um “voto de cabresto”. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, comentou sobre a polêmica, afirmando que os deputados que mantiverem a coerência na oposição terão tratamento diferenciado em relação ao fundo partidário.
“Aqueles que estão fazendo uma oposição mantendo a coerência, mantendo a posição política, terão tratamento diferenciado em relação a aqueles que não”, disse Reis.
A Secretaria Estadual do Planejamento (Sepan) esclareceu que o projeto de lei não se trata de um novo empréstimo, mas sim de uma alteração da destinação de um crédito autorizado anteriormente.