O Batalhão de Policiamento de Proteção à Mulher (BPPM) da Bahia inaugurou uma nova sede em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Criado em maio de 2022 pelo governador Jerônimo Rodrigues, o BPPM reforça a atuação da Operação Ronda Maria da Penha, com o objetivo de proteger mulheres vítimas de violência doméstica que possuem medidas protetivas de urgência expedidas pela Justiça.
A cerimônia de inauguração contou com a presença de autoridades, como o comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, e a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Elisângela Araújo. A tenente-coronel Roseli de Santana Ramos, primeira policial militar da história da corporação a comandar um batalhão, lidera o BPPM.
Atendimento a milhares de mulheres
Desde sua criação, o BPPM já realizou quase dez mil atendimentos e atualmente assiste a 2.600 mulheres. O Batalhão conta com um efetivo de 70 policiais militares que atuam na capital baiana e na Região Metropolitana de Salvador.
“Como está crescendo de forma muito elevada o número de feminicídios e de violência doméstica em todo o país, a criação de uma unidade que ajudará a proteger e enfrentar a violência doméstica na Bahia é de extrema importância”, destacou a tenente-coronel Roseli.
Ação após medida protetiva
A comandante do Batalhão explicou que a unidade atua após a emissão de medidas protetivas de urgência. “No acompanhamento do cumprimento dessas medidas protetivas pelo agressor, esse é o nosso enfrentamento, encaminhando os relatos para varas especializadas, para que possam trabalhar a prisão preventiva ou imediata do agressor quando ele descumpra qualquer uma das medidas descritas.”
Para a secretária Elisângela Araújo, a criação do BPPM foi uma ação inovadora ao unificar iniciativas de proteção, enfrentamento e combate à violência contra as mulheres. “Isso só reforça as nossas ações para reduzir os índices de violência, principalmente de feminicídios, que ainda vem acontecendo com muita intensidade em nosso estado.”
As mulheres que precisam de ajuda podem ligar para o 190 ou ir até uma delegacia para prestar queixa e solicitar medida protetiva.