O dono da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Botafogo, John Textor, cumpriu o prazo imposto pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e entregou provas de um possível caso de corrupção envolvendo um ex-árbitro do futebol brasileiro. De acordo com o empresário, os áudios são de um juiz, com sotaque carioca, relatando que não conseguiu manipular um jogo de “divisão menor” da maneira que precisava para obter ganhos financeiros ilícitos.
O estadunidense foi obrigado pelo tribunal a apresentar evidências após fazer acusações em março. No início deste mês, Textor havia sido julgado pelo STJD sobre as acusações de manipulação de resultados e foi punido no artigo 220 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), por deixar de colaborar com os órgãos da Justiça Desportiva, além de ter sido multado em R$ 60 mil. O tribunal havia imposto um prazo de cinco dias úteis para ele apresentar as provas, mas só entraria em vigor quando o acórdão fosse publicado, o que ocorreu na última quarta-feira (8).
A denúncia surgiu após as declarações do empresário depois da partida contra o Red Bull Bragantino, pela fase preliminar da Libertadores, em fevereiro. À época, ele disse: “Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Presidente da CBF). Nunca disse nada sobre ele”.
Textor prosseguiu: “Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas”.