Um adolescente de 16 anos matou a tiros os pais adotivos e a irmã gêmea na última sexta-feira (17) na zona oeste de São Paulo. Segundo relatos do menor à polícia, ele cometeu o triplo homicídio após os pais terem “confiscado” seu computador e celular.
Tiroteio a sangue frio
De acordo com as autoridades, o adolescente planejou o crime após ser chamado de “vagabundo” pelos pais na quinta-feira (16) devido à retirada dos dispositivos eletrônicos, o que o teria impedido de realizar atividades escolares. No dia seguinte, estando sozinho em casa, ele pegou a arma do pai, que era guarda civil municipal, e testou o armamento, uma pistola Taurus 9mm.
Assim que o pai chegou em casa por volta das 13h, o menor de idade esperou que ele se debruçasse sobre a pia da cozinha e atirou nele pelas costas, com um tiro na nuca. Ao subir as escadas, deparou-se com a irmã, que questionou o barulho do disparo. Ele então atirou no rosto dela.
Sem remorso após o crime brutal
Sem demonstrar remorso, o adolescente afirmou ter almoçado ao lado do corpo do pai, foi à academia e aguardou a chegada da mãe. Por volta das 19h, quando ela chegou em casa e gritou ao ver o marido morto, ele também atirou nela pelas costas. No dia seguinte, ainda com raiva pelo “confisco” do celular, enfiou uma faca nas costas da mãe.
Em depoimento, o menor disse que já havia pensado em matar os pais antes e que, se pudesse, “faria novamente”. Ele afirmou que a ideia inicial não incluía a morte da irmã, mas precisou matá-la após ela perceber o som do disparo. Após ser ouvido, o adolescente foi encaminhado à Fundação Casa.
O caso foi registrado como ato infracional de homicídio feminicídio; ato infracional de posse ou porte ilegal de arma de fogo; e ato infracional – vilipêndio a cadáver.