Uma operação conjunta envolvendo a Polícia Federal, Polícia Militar da Bahia, Polícia Militar de Pernambuco, promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) da Bahia e Pernambuco, além de integrantes do Exército, desarticulou uma grande organização criminosa especializada no desvio de armas e munições para o crime organizado.
De acordo com as investigações, policiais militares dos estados da Bahia e Pernambuco, juntamente com colecionadores, atiradores, caçadores (CACs) e comerciantes de armas e munições, formavam um esquema multimilionário de venda ilegal de armamentos para as principais facções criminosas da região.
Esquema fraudulento de desvio de armas
Conforme as apurações, uma grande quantidade de munições e armamentos foi desviada para facções criminosas por meio de um esquema fraudulento de inserção de informações falsas nos sistemas oficiais de controle e fiscalização.
De acordo com um dos investigados que firmou acordo de delação premiada, o grupo liderado por um sargento da Polícia Militar chegava a vender cerca de 20 armas de fogo por mês para as organizações criminosas.
Mandados de prisão e buscas
A justiça baiana expediu 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão na Bahia, Pernambuco e Alagoas. Além disso, foi determinado o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, bem como a suspensão da atividade econômica de três lojas de venda de material bélico envolvidas no esquema.
A operação contou com a participação de mais de 300 policiais federais, grupos táticos das polícias militares da Bahia e Pernambuco, além de promotores dos Gaecos dos dois estados e integrantes do Exército.