Viagens internacionais diretas a partir da Bahia ganham novo impulso com a adição do trecho Salvador-Paris pela companhia aérea AirFrance. De acordo com o secretário estadual de Turismo, Maurício Bacelar, essa ligação aérea representa um marco histórico e abre oportunidades turísticas significativas para todo o estado.
A partir de 28 de outubro de 2024, a AirFrance iniciará três voos semanais diretos entre Salvador e Paris, com passagens custando cerca de R$ 2 mil. Essa nova rota é fruto de uma longa negociação entre a companhia francesa e a Secretaria Estadual de Turismo (Setur), iniciada em 2022.
Impacto na conectividade aérea
Bacelar enfatizou a importância da conectividade aérea para o estabelecimento e crescimento do turismo, afirmando que o governo estadual trabalha constantemente para atrair novos voos, sejam regionais, nacionais ou internacionais. “A conectividade aérea tem importância fundamental no estabelecimento da atividade turística, e nós temos trabalhado para repor a conectividade internacional do estado também,” declarou.
Novos destinos e mercados potenciais
Além de facilitar as viagens diretas entre a Bahia e a França, o voo ligará o estado a mais de 180 destinos nos continentes africano, asiático e europeu, por meio do hub da AirFrance no Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, em Paris. Essa conexão abre portas para a Bahia atingir mercados importantes e atrair turistas internacionais com maior facilidade.
“Este voo para a França, além de ser um voo histórico, é um voo que qualifica o destino da Bahia, por conta da companhia aérea, a AirFrance, mas também por nos ligar ao aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, onde a AirFrance mantém um hub, onde ela se liga a mais de 180 destinos do mundo, nos continentes africano, asiático e europeu. Esta ligação abre para a Bahia mercados importantes, emissores de turistas internacionais, que começam a ter mais facilidade para chegar ao nosso estado,” avaliou Bacelar.
Custos e desafios enfrentados
Apesar do otimismo com as novas oportunidades de turismo, Bacelar não projeta uma redução significativa nos preços das passagens aéreas internacionais. O setor de aviação ainda enfrenta os impactos econômicos da pandemia de Covid-19, que resultaram no aumento dos custos operacionais em todo o mundo.
“Nós já vencemos a pandemia, por conta da vacinação, mas os reflexos da pandemia ainda estão em muitos setores da economia e estão ainda na aviação. A aviação sofre os efeitos por conta da dificuldade de aquisição de aeronaves e reposição de peças. É uma atividade totalmente dolarizada e, ainda como reflexo da pandemia, nós tivemos o incremento dos juros no mercado internacional, o que encarece os custos das companhias,” justificou o secretário.
Bacelar ressaltou ainda que, no Brasil, os preços são determinados pela lei da oferta e demanda, e felizmente, os voos para a Bahia estão entre os que apresentam as maiores taxas de ocupação do país.