José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil durante o governo Dilma Rousseff, concedeu uma entrevista nesta segunda-feira, 3 de abril, ao programa “Isso é Bahia” da A TARDE FM, em Salvador. Durante a conversa, ele abordou a extinção das ações da Lava Jato contra si no Supremo Tribunal Federal (STF) e suas perspectivas de retornar à vida pública.
Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do STF aceitou o habeas corpus da defesa de Dirceu, absolvendo-o das condenações e determinando a prescrição da punibilidade aplicada. Ele havia sido condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a 8 anos e 10 meses de prisão.
Críticas à Operação Lava Jato
Dirceu alegou que o processo foi um ardil para prendê-lo, afirmando que foi detido três vezes, mas o Supremo o soltou por considerar as prisões ilegais. Ele disse ao ex-juiz Sergio Moro: “Eu não tenho nada a ver, o que estou fazendo aqui?” Segundo Dirceu, a empresa citada no processo de corrupção foi absolvida, e a Petrobras não identificou sobrepreço, influência externa ou fraude.
“Por que eu fui condenado? Para me prender, porque queriam que eu delatasse o Lula,” explicou. “A Lava Jato foi um projeto político de tomar o poder no Brasil. Foi um projeto para destruir a indústria de prestação de serviços, que era uma das melhores do mundo.”
Agenda em Salvador
Dirceu cumpre agenda em Salvador para um bate-papo sobre Democracia, Soberania Nacional, Transição Energética e Eleições 2024, junto ao Partido dos Trabalhadores da Bahia. O evento será às 15h, no Auditório do Real Classic Bahia Hotel, na Pituba. O ex-ministro também discutirá estratégias para as eleições municipais e concederá uma coletiva de imprensa às 17h, na sala Luís Cabral, da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).