O mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido marcado por uma intensa agenda diplomática. Em apenas um ano e meio de gestão, o líder brasileiro acumula encontros com 64 chefes de estado e de governo de outras nações. Esse número é expressivamente superior ao registrado por seu antecessor, Jair Bolsonaro, que durante os quatro anos à frente da presidência reuniu-se pessoalmente com apenas 31 líderes internacionais.
Apesar do impacto da pandemia de Covid-19 nas viagens internacionais nesse período, a discrepância revela a prioridade conferida por Lula ao estreitamento de laços diplomáticos. Em contrapartida, Bolsonaro demonstrava relutância em estabelecer contatos com nações ideologicamente divergentes.
Agenda externa intensa
Das 64 reuniões bilaterais realizadas até o momento, 51 ocorreram em países estrangeiros, com Lula viajando para encontrar diversos líderes mundiais. Os demais compromissos aconteceram no Brasil, com a vinda de autoridades internacionais ao país. E esse número tende a aumentar nos próximos meses, pois já estão agendadas uma visita ao Chile, para um encontro com o presidente Gabriel Boric, além da recepção ao presidente italiano Sergio Mattarella em solo brasileiro, em julho. Lula e Mattarella já haviam se encontrado em Roma no ano anterior.
A postura proativa de Lula na esfera diplomática sinaliza uma retomada do protagonismo brasileiro nas relações exteriores, contrastando com o perfil mais isolacionista adotado por seu antecessor. Com essa abordagem, o atual mandatário busca fortalecer os laços políticos e econômicos do país no cenário global.