Em meio às acirradas disputas políticas em Salvador, uma divergência entre os vereadores Kiki Bispo (União Brasil) e Anderson Ninho (PDT) trouxe à tona um embate territorial por bases eleitorais. Embora o líder do governo municipal, Kiki Bispo, tenha considerado tal situação “natural da política”, o incidente gerou críticas e acalorou os ânimos na Câmara Municipal.
No cerne da contenda está a alegação de Ninho de que Kiki Bispo “invadiu” sua base eleitoral no bairro de Dom Avelar, após a liberação de um campo de futebol na região. Este episódio desencadeou uma acalorada discussão entre os dois vereadores, aliados do prefeito Bruno Reis (União Brasil), que busca a reeleição.
Reação do líder do governo
Kiki Bispo, em declarações à imprensa, lamentou o “destempero” de seu colega, Anderson Ninho, que, segundo ele, tem tratado os aliados como rivais nesse período pré-eleitoral. O líder do governo enfatizou que não pretende levar o caso à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, considerando o assunto “superado”.
“Eu lamento a forma destemperada com que ele agiu aqui ontem. Aproveito a oportunidade para dizer que em nenhum momento eu revidei qualquer tipo de fala ou ofensa que ele proferiu ontem aqui. Essa não é a minha linha,” afirmou Kiki Bispo.
Críticas do presidente da Câmara
O conflito entre os dois vereadores repercutiu negativamente na Câmara Municipal de Salvador (CMS) e foi alvo de críticas do presidente da Casa, o vereador Carlos Muniz (PSDB). Apesar das tensões, Kiki Bispo minimizou a situação, afirmando que tais divergências são comuns em períodos eleitorais.
“É natural que existam requerimentos e solicitações que acabem indo um de encontro ao outro. Isso é a democracia. Todas as eleições ocorrem isso e essa não vai ser diferente,” justificou o governista.
Embora tenha caracterizado o episódio como “fato isolado”, Kiki Bispo expressou a esperança de que situações semelhantes não se repitam, em prol da harmonia e do bom andamento dos trabalhos legislativos.