O governo brasileiro está dando passos significativos em direção à taxação de grandes fortunas. Durante um discurso na Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, Suíça, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, abordou essa questão crucial.
Marinho destacou que, em dezembro de 2023, o presidente Lula sancionou uma lei sobre a taxação de fundos exclusivos. Essa medida resultou na melhor arrecadação desde o ano 2000 nos primeiros meses do ano. No entanto, o ministro enfatizou a necessidade de ir além, taxando globalmente as grandes fortunas.
Preparando o terreno para a cúpula do G7
O discurso de Marinho foi visto como um ensaio para a mensagem que o presidente Lula pretende transmitir na próxima cúpula do G7 na Itália. De acordo com fontes próximas ao presidente, a taxação de grandes fortunas, o combate à desigualdade e a defesa da democracia contra o avanço da extrema direita estarão no centro de sua mensagem.
O governo brasileiro está buscando consolidar um apoio internacional para o projeto de taxação de grandes fortunas. Os líderes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, sinalizaram de forma positiva em relação a essa iniciativa. Essa agenda se tornou uma espécie de bandeira internacional do governo Lula e pode ser um tema central na cúpula do G20, que será realizada no Rio de Janeiro no segundo semestre.
Caminho para a aprovação no Congresso
Marinho indicou que o projeto de lei para a taxação de grandes fortunas só será levado à votação no Congresso Nacional quando houver uma sinalização de que ele pode ser aprovado. Isso demonstra a cautela do governo em lidar com uma proposta tão impactante, buscando garantir o respaldo necessário antes de avançar com a medida.