Em um evento público na cidade de Salvador, o vereador petista Tiago Ferreira compareceu à inauguração de um restaurante popular que ele havia indicado. Sua presença ao lado do prefeito Bruno Reis (União Brasil), adversário político do PT, causou desconforto em membros do partido, incluindo o governador Jerônimo Rodrigues e o presidente estadual Éden Valadares.
Ferreira justificou sua participação, argumentando que o projeto era uma iniciativa sua e que não poderia faltar à entrega de um equipamento público que atendia a uma demanda da região. Ele afirmou que seu objetivo era representar os interesses da comunidade e não apoiar politicamente o prefeito.
Embora tenha havido críticas por parte de alguns membros do PT, Ferreira disse que prestou esclarecimentos na reunião da executiva municipal do partido. De acordo com o vereador, prevaleceu o bom senso e não houve punição, pois os membros compreenderam suas razões para estar presente no evento.
Divergências internas
Apesar de Ferreira alegar que sua presença era puramente institucional, Éden Valadares havia expressado anteriormente que o caso gerou “tensão na base e na militância do PT”, que não entendiam como um vereador e líder partidário poderia participar do evento ao lado do prefeito adversário.
O vereador, no entanto, reiterou sua lealdade ao PT, afirmando que, em nenhum momento durante seu mandato, deu motivos para duvidar de seu compromisso com o partido.
Questões comunitárias em primeiro plano
Apesar das divergências internas, Ferreira manteve sua posição de que sua presença no evento visava atender aos interesses da comunidade local, que seria beneficiada pelo novo restaurante popular. Ele argumentou que representar essas demandas era sua obrigação como vereador, independentemente de disputas partidárias.
As repercussões desse caso dentro do PT ainda permanecem incertas, mas o vereador parece ter convencido, pelo menos temporariamente, a executiva municipal de que suas ações não comprometeram sua filiação partidária.