O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira (4) os atrasos em obras financiadas com recursos federais, apontando a responsabilidade dos governos anteriores. Durante a inauguração do BRT e viaduto na Rodovia Bandeirantes (SP-348) em Campinas, São Paulo, Lula destacou a necessidade de dar continuidade às obras paralisadas nas áreas de educação, saúde e transporte.
Segundo o governo, as novas infraestruturas atenderão cerca de 425 mil habitantes, aproximadamente 40% da população de Campinas, e deverão transportar mais de 250 mil pessoas diariamente. “Quando voltamos, pensamos que encontraríamos um país melhor do que imaginávamos, mas encontramos uma realidade desanimadora. O ministro das Cidades, Jáder Filho, encontrou 87 mil casas do Minha Casa, Minha Vida paralisadas, algumas iniciadas em 2011, 2012 e 2013”, afirmou Lula.
O presidente mencionou ainda que no Ministério da Educação foram encontradas mais de seis mil obras paradas, incluindo creches, escolas, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Muitas dessas obras exigiram a renovação dos contratos para serem retomadas.
Jáder Filho, ministro das Cidades, complementou afirmando que as obras do BRT de Campinas foram aprovadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2012, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, mas levaram mais de uma década para serem concluídas. “Hoje, depois de 12 anos, o senhor está entregando esta obra. Isso não pode continuar acontecendo no país. As pessoas têm pressa. Esta obra, no valor de cerca de R$ 555 milhões, conta com aproximadamente R$ 300 milhões de recursos do governo federal”, enfatizou o ministro.
Em outra cerimônia no estado de São Paulo, Lula também entregou 280 novas ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).