Washington Reis, atual secretário estadual de Transportes e Mobilidade e ex-prefeito de Duque de Caxias pelo MDB, foi alvo de uma ação da Polícia Federal nesta quinta-feira, 4 de maio. A operação, parte da segunda fase da Operação Venire, investiga supostas fraudes em cartões de vacina contra a Covid-19. A ação ocorreu no Rio de Janeiro e em Duque de Caxias.
Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em decorrência de ordens emitidas pelo Supremo Tribunal Federal. Além de Reis, a secretária de Saúde de Duque de Caxias, Célia Serrano, também está sob investigação. As investigações, solicitadas pela Procuradoria-Geral da República, apontam para uma associação criminosa que teria inserido dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde.
De acordo com as informações, os sistemas indicam que duas doses de vacina contra a Covid-19 foram registradas para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que nega ter sido vacinado. As supostas falsificações ocorreram nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022 no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias e visavam garantir a entrada do ex-presidente e seus próximos nos Estados Unidos, burlando as regras de vacinação obrigatória.
Ainda nesta manhã, Bolsonaro foi indiciado pela PF em dois inquéritos: um sobre a venda ilegal de joias no exterior e outro sobre a falsificação de cartões de vacina. Outros aliados e ex-auxiliares do ex-presidente, como os advogados Fabio Wajngarten e Frederico Wasseff, também estão na lista de indiciados. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi indiciado após um acordo de delação premiada.
Os pedidos de indiciamento serão remetidos à Procuradoria-Geral da República nos próximos dias.