Terminou nesta sexta-feira, 5, no Rio de Janeiro, a terceira reunião de Sherpas sob a presidência brasileira do G20. Os Sherpas, representantes pessoais de chefes de Estado ou de Governo, tiveram um encontro marcante devido a uma inovação significativa: uma sessão conjunta com representantes dos grupos de engajamento do G20. Esses grupos puderam transmitir suas prioridades diretamente aos altos representantes governamentais.
Essa inovação faz parte do G20 Social, uma iniciativa brasileira que visa ampliar a participação de atores não governamentais nos processos decisórios do G20. A culminação desse processo será a Cúpula Social do G20, programada para ocorrer de 14 a 16 de novembro, também no Rio de Janeiro.
Durante a reunião, os Sherpas discutiram o andamento dos trabalhos sob a presidência brasileira, com ênfase em duas forças-tarefa: a criação de uma aliança global contra a fome e a pobreza e uma mobilização global contra a mudança do clima.
O embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e Sherpa do Brasil no G20, detalhou as discussões. “Iniciamos com uma apresentação sobre o progresso dos grupos de trabalho nas áreas de finanças, mudança do clima e a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.”
Posteriormente, as sessões abordaram temas geopolíticos e questões controversas da agenda internacional. A interação inédita entre os Sherpas e os coordenadores dos grupos de engajamento trouxe à tona diversas demandas da sociedade civil, incluindo questões sobre inteligência artificial, dados, gênero e trabalho decente.
A reunião também discutiu os próximos passos até a cúpula de novembro, incluindo a estrutura da futura declaração de líderes e a importância das reuniões ministeriais de julho alcançar resultados concretos.