Este sábado, 6 de julho, marca um ano desde a morte de Hyara Flor Santos Alves, uma jovem de 14 anos pertencente a uma comunidade cigana em Guaratinga, Bahia. O caso, que teve grande repercussão nacional, passou por diversas reviravoltas ao longo das investigações.
Investigação Inicial
Hyara foi encontrada baleada no queixo dentro de sua casa, onde vivia com o marido, um adolescente de 16 anos. Ela chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Municipal de Guaratinga, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com o laudo da necropsia, a adolescente morreu asfixiada pelo próprio sangue devido ao tiro.
No local, a polícia encontrou uma pistola calibre 380, dois carregadores e munições, que foram enviados para perícia. O marido de Hyara foi indiciado após seu perfil genético ser identificado na arma do crime, mas até o momento, ele não foi localizado, apesar de haver um mandado de busca e apreensão contra ele.
Reviravoltas no Caso
Inicialmente, o pai de Hyara acusou e ameaçou o genro, inclusive oferecendo uma recompensa de R$ 300 mil por informações sobre seu paradeiro. Pouco depois, o adolescente foi apreendido em Vitória, Espírito Santo, mas foi liberado após a conclusão do inquérito.
Em uma reviravolta, o pai do suspeito afirmou que o tiro foi disparado acidentalmente por outro filho, uma criança de 9 anos, enquanto brincava com a arma. Essa versão foi corroborada pela conclusão do inquérito policial em agosto de 2023.
Contestações e Novas Investigações
A família de Hyara contestou a conclusão do inquérito, alegando que a jovem foi morta por vingança devido a um relacionamento extraconjugal entre um tio de Hyara e a sogra dela. Contrataram um perito privado, que apresentou um laudo contestando a versão oficial.
Em março deste ano, o Ministério Público da Bahia solicitou uma análise de perícias complementares. A Polícia Civil atendeu ao pedido e solicitou a internação do marido de Hyara em uma unidade socioeducativa para garantir a conclusão das novas apurações e a integridade física do adolescente.
O caso Hyara Flor continua a ser uma lembrança dolorosa e um exemplo das complexidades nas investigações criminais envolvendo comunidades específicas. Seguiremos acompanhando os desdobramentos.