O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologou a candidatura do policial militar Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, popularmente conhecido como Alexandre Tchaca, a vereador de Salvador. Ele concorre a uma vaga na Câmara Municipal de Salvador representando a federação PSDB/Cidadania.
A trajetória de Tchaca na corporação foi marcada por uma punição imposta pelo tenente-coronel Paulo Coutinho, decorrente do uso de suas redes sociais para promover propaganda político-partidária. A medida, que desencadeou um processo administrativo disciplinar e um pedido de prisão militar, reflete a proibição de agentes públicos em atividade de se envolverem na política, considerando a violação dos padrões éticos estabelecidos pela Polícia Militar.
Além de sua recente punição, Tchaca é um dos militares implicados no caso das mortes de 12 jovens na Vila Moisés, em fevereiro de 2015, e enfrenta investigações relacionadas a outros incidentes de letalidade em operações policiais. Apesar das controvérsias, a legislação não impede que investigados ou réus concorram a cargos eletivos.
Em um cenário mais amplo, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, expressou sua desaprovação à associação de militares à política, destacando que policiais não devem usar suas funções para fins partidários. Durante um discurso, Rodrigues enfatizou a importância de manter a imparcialidade dentro das forças de segurança e afirmou que tomará medidas legais contra aqueles que extrapolarem seus limites em busca de vantagem política. Ele ressaltou que os policiais interessados em participar do processo eleitoral devem, primeiramente, se desligar de suas funções.