A conta de energia elétrica dos consumidores brasileiros terá uma redução que varia entre 2,5% e 10% a partir de setembro. A informação foi divulgada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e ocorre após o governo liberar um consórcio bancário que permitirá a antecipação de parte dos recursos que seriam pagos pela Eletrobras.
O montante total a ser considerado é de R$ 11,8 bilhões, relativo a empréstimos feitos durante a crise hídrica de 2021 e a pandemia de COVID-19, que estavam sendo repassados nas tarifas de energia. Os recursos da securitização dos recebíveis da Eletrobras, estimados em R$ 7,8 bilhões, serão complementados por mais R$ 4 bilhões provenientes de fundos.
O consórcio, formado por instituições financeiras como Banco do Brasil, Itaú BBA, Bradesco BBI, BTG e Santander, irá investir na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é um fundo destinado a cobrir subsídios do setor elétrico, e que é financiado pelos consumidores. O novo acordo bancário prevê a aplicação da Taxa Selic mais 2,2% ao ano, uma diminuição em relação ao modelo anterior, que era de Selic mais aproximadamente 3% ao ano.
O ministro destacou que essa operação foi realizada visando beneficiar os consumidores. O novo empréstimo utilizará os recebíveis da Eletrobras como garantia. O governo também continua em negociações com a ex-estatal para que esta antecipe o restante do valor que deve, que soma R$ 18 bilhões a serem pagos em um período de 30 anos, relacionado à sua privatização em 2022.