A mãe da delegada Patricia Neves Jackes Aires, Maria Jackes, compartilhou detalhes sobre a atuação da filha na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher em Santo Antônio de Jesus, na Bahia, onde Patricia desenvolvia um trabalho rigoroso contra a violência de gênero. A delegada foi encontrada morta no último domingo, 11, às margens da BR-324, em São Sebastião do Passé, em um caso que chocou a região.
Durante uma entrevista, Maria Jackes destacou a postura firme da filha em relação aos agressores. Segundo ela, Patricia costumava orientar os homens que chegavam à delegacia sobre as consequências de suas ações, explicando a lei Maria da Penha e a importância de respeitar a dignidade das mulheres. “Ela sempre deixava claro que a violência não se restringe apenas a agressões físicas, mas inclui qualquer ato que ofenda a mulher”, afirmou Maria.
Além disso, ela expressou sua convicção de que o companheiro de Patricia foi o responsável pelo crime, revelando que ele se passava por médico. A situação se agravou quando a versão inicial apresentada pela companheira da delegada, sobre um suposto sequestro, começou a apresentar contradições, levando à sua prisão em flagrante por feminicídio.
O caso de Patricia Jackes levanta questões sobre a segurança das mulheres e a necessidade de um combate mais efetivo à violência de gênero. A investigação continua em andamento.