Uma mulher, ex-namorada de Tancredo Neves Arruda, principal suspeito do feminicídio da delegada Patrícia Jackes, relatou ter enfrentado graves ameaças após o término de seu relacionamento com ele. Em entrevista, a mulher contou que Neves a ameaçou de forma violenta, dizendo que desejava “dar um tiro na sua boca” e que esperava que um carro a atropelasse.
O relacionamento entre os dois durou vários meses e resultou no nascimento de um filho. Tancredo Neves confessou ter cometido o crime, que aconteceu no dia 11 de setembro em São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador. Após a confissão, sua prisão foi convertida de flagrante para preventiva.
A ex-companheira explicou que, após o fim do relacionamento, Neves começou a direcionar ameaças a ela e sua família. Em resposta, ela solicitou uma medida protetiva. A mulher também relatou que Neves frequentemente a menosprezava e, ao descobrir sobre a morte da delegada, temeu por sua própria vida, refletindo sobre o que poderia ter acontecido com sua mãe. Apesar das ameaças e do descumprimento da medida protetiva, a mulher sentiu que suas queixas não eram levadas a sério nas delegacias.
Além disso, ela mencionou a percepção de que os comportamentos de Neves se alinham com características sociopáticas, o que a levou a se afastar completamente dele.