Salvador, reconhecida pela Unesco como Cidade da Música, enfrenta um desafio crítico: a escassez de locais adequados para a realização de shows. Artistas e empresários do setor cultural argumentam que essa falta de espaços tem dificultado a cena musical na capital baiana.
Roberto Barreto, guitarrista do BaianaSystem, destacou a Concha Acústica como a principal opção, afirmando que “não tem espaço” para apresentações. Ele criticou a limitação que isso impõe aos artistas locais.
Rafa Dias, do Àttooxxá, também levantou preocupações sobre a estrutura do local, que não se adapta ao estilo de seu grupo. Ele enfatizou que a experiência do público é comprometida pela configuração do espaço.
A diretora do Àttooxxá Produções, Manu Buena, mencionou a dificuldade de encontrar casas de médio porte, especialmente após o aumento do público. “No Centro de Salvador não tem”, lamentou.
Entre os empresários, Fernando Magno e Ricardo Martins concordam que a cidade carece de espaços adequados para eventos maiores. Martins enfatizou que o problema é antigo e requer uma abordagem colaborativa entre o setor público e privado para encontrar soluções.