O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, 28, o parecer que pede a cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem Partido-RJ). A votação resultou em 15 votos a favor, um contra e uma abstenção, com o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) sendo o único a votar contra e Paulo Magalhães (PSD-BA) se abstendo.
Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. A defesa do deputado tem um prazo de cinco dias úteis para recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Para que a cassação seja efetivada, o parecer ainda precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara.
A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) fez um discurso emocionado sobre Marielle, destacando seu legado e a luta contra as milícias no Rio de Janeiro. Bonfim enfatizou que Marielle era uma parlamentar que defendia os mais vulneráveis.
A relatora do caso, deputada Jack Rocha (PT-ES), argumentou que as evidências contra Brazão são substanciais, baseadas em um relatório da Polícia Federal que sugere uma ligação da família Brazão com corrupção e crime organizado. Ela defendeu que a imagem do Legislativo está em jogo e que é essencial preservar a honra do Parlamento diante das acusações.