A Universidade Federal da Bahia (Ufba) sedia a Conferência da Diáspora Africana nas Américas, que acontece até amanhã. O evento reúne intelectuais, pesquisadores, ativistas e políticos de África e Brasil, discutindo temas como pan-africanismo, memória, restituição, reparação e reconstrução.
Promovida pelo governo do Togo, governo federal e Governo da Bahia, a conferência conta com o apoio da Ufba e do Instituto Brasil África. Entre os presentes, destacam-se o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Durante a abertura, Silvio Almeida enfatizou a importância de construir alternativas para a humanidade, mencionando as experiências de luta e sobrevivência dos países afetados pelo colonialismo. O ministro togolês, Robert Dussey, ressaltou as semelhanças entre brasileiros e africanos, afirmando que a luta contra a discriminação racial é uma questão de dignidade.
Margareth Menezes também destacou a importância do evento para fortalecer conexões culturais e humanas, promovendo a reparação necessária. A Bahia, com quase 80% da população negra, é vista como um local ideal para a conferência, devido à sua história e questões demográficas.
A conferência é um evento preparatório para o 9º Congresso Pan-Africano, que ocorrerá em Togo, de 29 de outubro a 2 de novembro.