A nomeação da médica Lorena Pinheiro para o cargo de professor adjunto na Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi suspensa por uma decisão da Justiça, provocando reações intensas sobre a aplicação da Lei de Cotas. Lorena, que ficou em quarto lugar na classificação geral do concurso, foi aprovada em primeiro lugar na lista de cotistas, conforme as diretrizes do edital publicado no Diário Oficial da União.
A decisão da 1ª Vara Federal Cível da Bahia obriga a universidade a convocar a candidata que obteve a primeira colocação na ampla concorrência. Lorena, indignada com a situação, afirmou: “Essa vaga é minha e vou lutar por ela”. A Ufba, por sua vez, esclareceu que não foi intimada antes da decisão e que está preparando um recurso para contestar a medida.
Desde sua implementação em 2004, a Lei de Cotas visa garantir a inclusão de candidatos autodeclarados negros na educação superior. A pedagoga Tatyanne Gomes Marques ressaltou os desafios persistentes na aplicação das cotas, enquanto o professor Jonata Wiliam Sousa da Silva defendeu que as cotas são um direito constitucional que deve ser respeitado.