O governo federal, sob a liderança de Lula, manifestou-se em relação às denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Em uma nota à imprensa divulgada na madrugada desta sexta-feira, 6, o Palácio do Planalto reconheceu a seriedade da situação, afirmando que o caso está sendo tratado com rigor e celeridade.
Silvio Almeida foi convocado na noite de quinta-feira, 5, para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. O ministro anunciou que enviará ofício à CGU, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República solicitando investigações sobre as denúncias.
A Comissão de Ética da Presidência da República também decidiu abrir um procedimento de apuração por conta das alegações. As denúncias, que se tornaram públicas na quinta-feira, surgiram de uma matéria da coluna Guilherme Amado, do portal Metrópoles, e incluem a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como uma das supostas vítimas.
A organização Me Too Brasil confirmou o recebimento de denúncias contra Almeida e informou que as vítimas receberam apoio psicológico e jurídico. A situação já era discutida entre membros do governo, com relatos sobre o comportamento de Silvio em relação a Anielle Franco sendo compartilhados entre outros ministros.
Na noite anterior, o presidente Lula se reuniu com alguns ministros para discutir o caso, designando Alexandre Padilha para se pronunciar em nome do Planalto.