Familiares de pacientes graves na Bahia estão denunciando a lentidão na regulação para transferências hospitalares, destacando casos críticos que exigem atenção imediata. Um dos casos mais urgentes é o de Reginaldo Maia Franca da Silveira, de 90 anos, internado na UPA do Marback, em Salvador. Ele possui um histórico de cardiopatia e Alzheimer, e necessita de transferência urgente para uma unidade hospitalar com mais recursos.
O laudo médico indica que Reginaldo chegou à UPA apresentando desconforto respiratório e que também possui neoplasia hepática, diagnosticada há dois anos. Um familiar expressou a preocupação com a situação, afirmando: “A gente pede celebridade no processo, já que ele necessita de um atendimento com mais recursos.”
Outro caso relevante é o de M.A., uma adolescente de 16 anos, que aguarda há seis meses por uma cirurgia na fila única do Hospital Roberto Santos. A mãe da jovem, Lucineide Ramos de Almeida, relatou que M.A. possui bexigas e rins duplicados, e que o uso constante de antibióticos tem gerado resistência em seu organismo. “Já não suporta a quantidade de antibióticos e ela pode ter uma infecção generalizada”, disse a mãe.
A situação tem gerado críticas de parlamentares da oposição, que denunciam esperas de até dois meses para a regulação de pacientes. Um familiar de outro paciente afirmou: “A Saúde na Bahia carece desse olhar pela agilidade na regulação de pacientes, sobretudo os que têm mais gravidade.” O Portal A TARDE entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e aguarda uma resposta.