A investigação contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, pode ganhar novos contornos à luz de informações sobre a relação entre os Ministérios dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial. Juristas divergem sobre a tipificação do crime: enquanto alguns defendem que a conduta deve ser classificada como importunação, outros apontam para a possibilidade de assédio sexual.
Para que a situação seja caracterizada como assédio sexual, é necessário que exista uma relação de subordinação entre o autor e a vítima. A ministra Anielle Franco, até recentemente, não tinha autonomia orçamentária, pois seu ministério dependia diretamente do orçamento do Ministério dos Direitos Humanos, chefiado por Silvio Almeida. Essa dependência é crucial para entender a dinâmica de poder entre os dois ministérios, conforme reportado por Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
Anielle Franco, em sua função, necessitava de uma relação próxima com Almeida para viabilizar operações essenciais, como compras e licitações. Apesar de ter enfrentado situações que considera assediosas, Anielle se viu forçada a manter um bom relacionamento para não comprometer as atividades do seu ministério.
No dia 6 de outubro, Silvio Almeida foi demitido devido a acusações de assédio sexual, as quais ele nega.