A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) revelaram uma investigação que liga Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo as autoridades, CACs têm treinado membros do PCC no uso de armas de fogo de alto poder destrutivo, preparando-os para ataques conhecidos como “novo cangaço”.
Esses ataques, que incluem assaltos a bancos e carros-fortes, têm sido facilitados pela venda ilegal de armamentos pelos CACs. A flexibilização das regras para esses colecionadores em 2019 permitiu um aumento no número de armas registradas, de 59 mil para 431 mil em 2022.
Um vídeo obtido durante a investigação mostra Otávio de Magalhães, um CAC investigado, ensinando a utilização de um fuzil a dois membros do PCC. A PF encontrou em sua casa um arsenal com armas, munições e explosivos.
Na terça-feira, 10, a PF e o Gaeco realizaram a segunda fase da Operação Baal, que resultou na prisão de três indivíduos ligados ao PCC. Desde o início do ano, 18 pessoas foram denunciadas por atividades criminosas associadas.