A Bahia, famosa por sua rica culinária, enfrenta uma crise com a escassez do dendê, ingrediente essencial para pratos como o acarajé. Em 2023, apenas 1,3% da produção nacional da especiaria é originária do estado, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 66 municípios que cultivavam o dendê, apenas 5 permanecem ativos na produção.
Baianas de acarajé, como Adriana Brito, relatam que os preços do azeite de dendê aumentaram, mas ela opta por não repassar o custo aos clientes, mantendo o preço do acarajé em R$15 sem camarão e R$17 com. Para contornar a situação, Adriana reutiliza o azeite em outras receitas, como sabão.
A Maria das Graças, conhecida como Neinha, menciona que prefere marcas confiáveis ao comprar azeite na Feira de São Joaquim, devido à variação na qualidade dos produtos. Enquanto isso, o estado do Pará responde por 97,8% da produção nacional de coco de dendê, enquanto a Bahia apenas 1,3%.
A coordenadora da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Rita Santos, destaca a singularidade do dendê baiano e a crescente necessidade de importação. O professor Alcides Caldas aponta a falta de investimento e modernização como razões para a diminuição da produção. A Câmara Setorial do Dendê, que se reuniu recentemente, busca apoio do Governo do Estado para revitalizar a produção local.
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