O Brasil está se preparando para implementar um conjunto de medidas ambientais com o intuito de enfrentar a crise climática. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentará as diretrizes do plano nacional no próximo sábado, dia 21, na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde estarão 189 chefes de estado.
Entre as propostas, destaca-se a criação de um Estatuto Jurídico da Emergência Climática, que permitirá a adoção de ações preventivas com base nas recomendações de cientistas do Cemaden. Essa iniciativa busca antecipar as respostas do governo a eventos climáticos adversos.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, está trabalhando em conjunto com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para aprimorar o Plano Nacional de Combate a Incêndios. Uma Medida Provisória também está sendo elaborada para estabelecer a Autoridade Climática, que terá a responsabilidade de lidar com os desequilíbrios ambientais.
Dados do Monitor do Fogo indicam um aumento de 149% nas queimadas em agosto de 2023, com 5,6 milhões de hectares consumidos, área equivalente ao estado da Paraíba. O Cerrado foi o bioma mais afetado, com 43% de sua área queimada, enquanto a Amazônia perdeu 2 milhões de hectares. A fumaça resultante das queimadas tem causado o fenômeno da “chuva preta” em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, gerando preocupações para o governo federal.