O sistema judiciário brasileiro enfrenta um desafio crescente com o aumento de ações judiciais, que ultrapassaram 83 milhões no último ano. Um dos principais fatores para esse crescimento são as demands predatórias, que se diferenciam das demandas em massa. Enquanto as últimas podem ser legítimas, as predatórias envolvem práticas fraudulentas, como a falsificação de documentos.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), essas ações são frequentemente iniciadas por advogados que desrespeitam a legislação, utilizando procurações e comprovantes de residência falsificados. Muitas vezes, os autores das ações não têm conhecimento do que está sendo alegado em seu nome, configurando uma prática criminosa. Essa situação gera uma sobrecarga significativa no sistema judiciário e prejudica a atuação de advogados que buscam resultados justos.
Para enfrentar esse problema, tribunais têm criado Núcleos de Inteligência, que atuam na identificação e monitoramento dessas fraudes. O Tribunal de Justiça de Pernambuco, por exemplo, desenvolveu um robô chamado Bastião, que consegue detectar documentos fraudulentos em processos. Com o uso crescente da inteligência artificial, espera-se que essas práticas sejam cada vez mais combatidas. A parceria entre a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os tribunais é essencial para garantir a ética na advocacia e a eficiência do sistema judiciário.