O amor é um tema que desperta grande interesse, sendo uma das palavras mais buscadas no Google, com 1,2 milhão de acessos mensais nos Estados Unidos. Na arte, o amor sempre foi um assunto central, refletindo a experiência humana e inspirando diversas obras ao longo da história.
Desde o Renascimento, figuras mitológicas como Afrodite e Eros têm simbolizado o amor na arte ocidental. O auge dessa representação ocorreu durante o período Romântico, entre o final do século 18 e a primeira metade do século 19, quando o amor se tornou um tema predominante na literatura e nas artes.
Na fotografia, o amor começou a ser mais explorado na segunda metade do século 20, especialmente após a Segunda Guerra Mundial. A imagem “O Beijo do Hôtel de Ville”, de Robert Doisneau, capturada em 1950, é um exemplo icônico, retratando um casal se beijando em Paris, embora a autenticidade da cena tenha gerado controvérsias.
Fotógrafos como Edouard Boubat e André Kertész também abordaram a temática do amor, reforçando a imagem de Paris como uma cidade romântica. Alfred Eisenstaedt, com sua famosa fotografia “VJ Day in Times Square”, capturou um momento de celebração e amor no final da guerra, embora a natureza do beijo tenha gerado debates.
Annie Leibovitz produziu uma imagem marcante de John Lennon e Yoko Ono em 1980, que se tornou ainda mais significativa após o assassinato de Lennon poucas horas depois da sessão.
Atualmente, a exposição “Amor Enraizado”, de Dodô Villar, está em cartaz na Caixa Cultural Salvador até 13 de outubro. Com curadoria de Uiler Costa-Santos, a mostra apresenta 12 fotografias que exploram a diversidade do amor, retratando corpos nus que exibem marcas da vida e uma rosa vermelha no peito, simbolizando o amor que brota de dentro.
Villar, que trocou a carreira de designer gráfico pela fotografia, busca representar a beleza em corpos que não se encaixam nos padrões convencionais, promovendo uma reflexão sobre amor e preconceito. A ferida no peito dos modelos representa a superação do preconceito e a essência do amor.