Na Cúpula do Futuro em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a Organização das Nações Unidas (ONU) por sua falta de “ambição e ousadia” em enfrentar os desafios globais. Em seu discurso, Lula destacou que o Pacto para o Futuro, que será assinado por líderes mundiais, indica um caminho a seguir, mas carece de ações decisivas.
O presidente brasileiro mencionou a necessidade de reformas estruturais na governança global, citando a pandemia, conflitos na Europa e no Oriente Médio, e a mudança climática como exemplos das limitações das instâncias multilaterais. Ele afirmou que a Assembleia Geral perdeu sua vitalidade e que o Conselho Econômico e Social está esvaziado.
Lula também recordou a dificuldade do Brasil em aprovar uma Resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito entre Israel e Hamas, ressaltando o veto dos Estados Unidos como um obstáculo. O evento reúne líderes para discutir crises de segurança e o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O presidente elogiou o Pacto por abordar temas como a dívida dos países em desenvolvimento e a tributação internacional, mas reiterou que ainda falta ambição para que esses avanços sejam significativos. Ele criticou o Conselho de Segurança, afirmando que sua legitimidade diminui com a aplicação de padrões duplos.
Lula alertou que os ODS podem se tornar um “fracasso coletivo” se o ritmo atual de implementação continuar. Ele anunciou que, durante a presidência do G20, o Brasil lançará uma aliança global contra a fome e a pobreza.