O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conferiu o título de patrono da escola pública brasileira ao professor baiano Anísio Teixeira, relembrando a importância de uma educação acessível, gratuita e laica para todos. Este reconhecimento resgata e eterniza a luta de Teixeira por uma educação universal e inclusiva, que promovesse o compartilhamento do conhecimento.
Anísio Teixeira, nascido em Caetité, se destacou por sua visão educacional voltada à construção de um mundo acolhedor. A lei, proposta pela deputada federal Alice Portugal, serve como um reparo à dor da perda de Teixeira, que foi encontrado morto com sinais de tortura no elevador de um prédio no Rio de Janeiro, em abril de 1971, durante a ditadura militar.
A resposta violenta das elites à sua luta pela educação refletia a tentativa de silenciar aqueles que ameaçavam seus privilégios. Teixeira desafiou normas estabelecidas com sua visão inovadora de uma rede de ensino que fosse libertadora e acessível desde o ensino infantil até o superior, ao assinar o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova em 1932.
Seu legado permanece vivo, como evidenciado pelo impacto social do Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro, conhecido como “Escola-Parque”, fundado em 1950 na Bahia. Este projeto destaca-se até hoje por seu alcance transformador na vida da juventude local, solidificando Anísio Teixeira como uma referência de esperança para o futuro da educação no Brasil.