Na audiência realizada na quarta-feira, 27 de novembro, a desembargadora Rosita Falcão Maia, do Tribunal de Justiça da Bahia, se manifestou sobre a lei de cotas raciais, afirmando que é necessário cumprir a legislação. “Infelizmente, a gente tem que cumprir a lei, e os negros têm direito às suas cotas”, disse ela.
Contudo, Rosita expressou sua preocupação com a divisão que as cotas podem ter causado entre a população, além de questionar a qualidade do ensino nas universidades públicas após a implementação das políticas afirmativas.
A desembargadora enfatizou que as universidades públicas, antes reconhecidas por sua excelência, agora apresentam um desnível. Para ela, o acesso ao ensino superior e ao serviço público deve ser baseado no mérito, independentemente da cor do candidato. “Precisamos de pessoas competentes em todas as áreas”, afirmou.
As declarações geraram um repúdio da Ordem dos Advogados da Bahia, que defendeu a importância das cotas para a promoção da igualdade e destacou os resultados positivos das políticas afirmativas.