A Advocacia Geral da União (AGU) está conduzindo uma investigação sobre uma rede de desinformação que se intensificou após a eleição de Donald Trump. Desde o final de 2022, o órgão tem recebido solicitações para investigar e coletar informações sobre a propagação de fake news.
Um membro da AGU, em entrevista à jornalista Daniela Lima da Globonews, afirmou que “existe uma estrutura profissional, financiada e bem organizada, atuando desde o último trimestre de 2024. Não é nada espontâneo; abrange temas como questões fiscais e flutuações do dólar, ganhando força após a eleição de Trump.”
A investigação está sendo realizada como parte de um ataque coordenado, especialmente após um perfil falso que se fazia passar por uma agência de investimentos publicar declarações falsas atribuídas a Gabriel Galipolo, antes de sua nomeação ao cargo de presidente do Banco Central.
Outro exemplo ocorreu em 25 de dezembro, quando o Google apresentou uma cotação errônea do dólar, que deveria ser de R$6,18, e admitiu o erro. Acredita-se que um site de baixa reputação tenha manipulado a informação, influenciando o algoritmo do Google.
A AGU, que informou sobre a situação ao Google, também foi alvo de fake news, sendo acusada de “censura”. Além disso, um vídeo manipulado com deep fake simulou uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, gerando desinformação sobre a taxação do PIX, juntamente com o vazamento do CPF do ministro, que incluía instruções para imputar compras em seu registro pessoal, com o intuito de chamar a atenção da Receita Federal.