Entre julho e novembro do ano passado, durante a greve de 114 dias do INSS, a fila de pedidos de benefícios registrou um crescimento de 46,6%. Apesar do aumento, os números de pedidos pendentes e o tempo médio para concessão se mantiveram abaixo dos apresentados no governo anterior, conforme dados do Portal da Transparência Previdenciária.
No fim de junho de 2022, havia 1.353.910 requerimentos em análise, número que subiu para 1.985.090 no fim de novembro. O tempo médio líquido para a concessão passou dos 34 dias para 39, enquanto o tempo médio bruto, que inclui o período em que o segurado responde às exigências, aumentou de 36 para 43 dias. Os dados de dezembro, que devem ser divulgados em breve, prometiam trazer novas informações.
Além da greve, o INSS apontou um aumento no fluxo de solicitações, com a média mensal de pedidos duplicando de 700 mil para 1,4 milhão. Outros desafios enfrentados pelo órgão incluíram a greve dos médicos peritos iniciada em outubro, a paralisação de sistemas em 2024 – que resultou em 1 milhão de processos acumulados – e a não aprovação do Orçamento de 2025, o que dificultou ações de controle das filas.