A Faculdade de Medicina da UFBA mudou seu perfil ao implementar políticas de inclusão social que ampliaram o ingresso de alunos oriundos de diversas regiões. As cotas raciais e o Enem possibilitaram a entrada de estudantes de fora da Bahia, fazendo com que, em alguns anos, mais de 40% dos graduandos tivessem nascido fora do estado.
O processo de judicialização para o ingresso surgiu com decisões judiciais que garantiram vagas a alunos que se sentiram prejudicados pelas cotas, chegando a aumentar até 50% o número de inscritos em relação às vagas regulares. Essa situação trouxe desafios para a organização do curso e o planejamento das disciplinas.
Durante as comemorações dos 217 anos da Faculdade, o diretor, professor Antônio Lopes – o primeiro negro a assumir o cargo – e a professora Lorene Pinto – a única mulher à frente da Famed – expuseram as medidas adotadas para aprimorar a formação médica. Entre as iniciativas, destacaram a aplicação do Teste de Progresso, a avaliação clínica estruturada com simulação em ambiente hospitalar e a implantação de semanas culturais, esportivas e de saúde para promover o bem-estar dos estudantes.