A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem se destacado como um jogador crucial nos esforços do governo Lula para diminuir os preços dos alimentos no Brasil. Entre suas principais responsabilidades, a Conab atua na regulação do mercado por meio da compra e manutenção de estoques estratégicos, como o milho. O presidente da Conab, Edegar Pretto, explica: “Se na Bahia o preço da farinha aumentar devido à escassez, a Conab pode retirar o trigo dos estoques e assim regular o preço.”
Entretanto, a Conab enfrenta desafios significativos. Pretto menciona que herdou uma situação difícil, assumindo com 27 unidades armazenadoras fechadas e estoques completamente vazios devido às políticas do governo anterior, que priorizavam o mercado como regulador de preços. Apesar disso, ele acredita que a safra recorde prevista para 2025 pode contribuir para a redução dos preços, com mais produtos disponíveis no mercado.
No contexto de restrições alimentares, a segurança alimentar e o combate à fome se tornaram prioridades para a gestão de Lula. De acordo com dados apresentados, foram 24,5 milhões de brasileiros retirados da situação de fome no primeiro ano de governo, um avanço impulsionado por políticas públicas anteriormente desmanteladas. Dentre essas iniciativas, destacam-se a ampliação do Bolsa Família e a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que garantiu R$ 250 milhões para a compra de alimentos da agricultura familiar, movimentando um total de R$ 1,04 bilhão em dois anos.
A Conab também retoma incentivos aos produtores, com a volta do Plano Safra da Agricultura Familiar, que oferece apoio essencial para a produção local. Com uma safra estimada de 325,7 milhões de toneladas de grãos, as expectativas são positivas para um aumento significativo na produção de alimentos básicos, como arroz e feijão, o que deve resultar em maior oferta e, consequentemente, preços mais baixos. Este panorama reforça a importância da Conab no enfrentamento da fome e na estabilização dos preços no mercado brasileiro.