Salvador enfrenta desafios no transporte público com subsídio milionário
A Prefeitura de Salvador está navegando em águas financeiras turbulentas no setor de transporte público. Desde janeiro de 2024, a gestão municipal destinou quase R$ 13 milhões para subsidiar o sistema, mas sem uma fonte orçamentária clara para cobrir esses gastos. Com a tarifa já saltando para R$ 5,60, os cidadãos se perguntam: de onde virão esses recursos?
O valor de R$ 12.397.425,36 foi distribuído entre diferentes cooperativas e consórcios, incluindo o SalvadorCard e os tradicionais “amarelinhos” do transporte especial. A divisão das verbas acontece em meio a um contexto de renovação da frota, com a prefeitura comprometida em trocar 10% dos veículos anualmente até 2028 – atualmente, já alcançaram 42% dessa meta.
Financiamentos e incertezas
Recentemente, a gestão municipal fechou mais um contrato milionário de R$ 264 milhões junto ao BNDES para aquisição de 250 novos ônibus com tecnologia Euro 6. Essa estratégia visa reduzir emissões, mas também aumenta os custos de manutenção do sistema de transporte. A falta de transparência nos valores preocupa, especialmente considerando o histórico de problemas como a antiga empresa CSN.
Panorama atual
- Tarifa atual: R$ 5,60
- Subsídio municipal: R$ 13 milhões
- Novo financiamento: R$ 264 milhões
- Meta de renovação da frota: 10% ao ano até 2028
Atualmente, dois consórcios privados – Integra Plataforma e Integra OT Trans – são responsáveis pelo transporte em Salvador. Com tantos investimentos e subsídios sem fonte definida, os cidadãos seguem esperando respostas sobre a real sustentabilidade do sistema de mobilidade urbana.