O mês de março já registra números preocupantes de acidentes fatais por choque elétrico na Bahia. Quatro casos marcaram os primeiros dias do período, incluindo a morte de uma criança de 11 anos e três adultos, dois deles eletricistas em pleno exercício profissional.
Os dados revelam que a Bahia segue liderando o ranking nacional de mortes por choques elétricos. Em 2023, foram 61 casos, e no ano anterior, 79 registros, números que colocam o estado à frente de São Paulo, segundo dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel).
Crescimento dos acidentes
O cenário nacional mostra um aumento preocupante: 11,6% mais acidentes em 2024, totalizando 2.373 ocorrências. As fatalidades subiram de 674 para 759, representando um crescimento de 12,6%. Os incêndios por sobrecarga elétrica também dispararam, com um salto de 23,5%.
Riscos no dia a dia
Especialistas alertam para os perigos comuns nas residências. O uso inadequado de adaptadores, extensões e carregadores pode sobrecarregar a rede elétrica. Alguns cuidados podem fazer toda a diferença:
- Verificar a qualidade dos fios e cabos
- Trocar tomadas antigas, especialmente em cozinhas e banheiros
- Usar apenas carregadores originais
- Desligar aparelhos quando não estiverem em uso
Segundo Edson Martinho, diretor da Abracopel, os números podem ser ainda maiores, já que muitos acidentes não são notificados. A entidade estima que os dados divulgados representem apenas 50% da realidade.
Prevenção é a chave
O engenheiro eletricista Fábio Amaral ressalta que apenas 27% das residências brasileiras possuem dispositivos de proteção elétrica. A recomendação é realizar revisões periódicas nas instalações elétricas e consultar profissionais habilitados.
Em caso de acidente, bombeiros orientam manter a calma, desligar o disjuntor e acionar imediatamente os serviços de emergência pelos números 193 (Corpo de Bombeiros) ou 192 (Samu).
