O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu a licitação para a compra de licenças de softwares para o Ministério da Cultura (MinC). A decisão foi tomada pelo ministro Bruno Dantas, que destacou um sobrepreço alarmante de até 2.419% em comparação aos valores pagos por outros órgãos.
Os auditores revelaram que, ao longo de uma década, o gasto com essas aquisições poderia alcançar R$ 152 milhões. Além disso, a quantidade de softwares em licitação supera o número total de computadores disponíveis no ministério. “Mesmo ciente dos indícios de irregularidades, a unidade responsável prosseguiu com o certame, ignorando as recomendações do controle interno”, explicou Dantas em nota.
Segundo a pasta, os preços dos produtos variam conforme o volume de licenças pleiteadas. A compra dos softwares também inclui uma reserva técnica para futuras necessidades, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo. Para o primeiro ano, o gasto com o sistema de segurança digital seria de aproximadamente R$ 16 milhões, com um total estimado de R$ 14,8 milhões anuais em licenças e R$ 4,4 milhões em serviços de instalação e treinamento.