A votação do reajuste dos servidores públicos, incluindo professores, foi adiada para a próxima quinta-feira, 23, após um pedido de vistas da bancada de oposição, conforme anunciado pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, vereador Sidninho (PP). O vereador ressaltou a importância de respeitar o regimento interno da casa legislativa.
“Nada posso fazer se não houver a devolutiva em 72 horas, que é quinta-feira”, explicou Sidninho ao Portal A TARDE. Ele ainda destacou seu papel como presidente regimentalista e a necessidade de não ultrapassar as regras da casa.
Após a sessão, as comissões se reuniram para discutir o projeto, que já gerou protestos pelos corredores da Câmara. A líder da oposição, vereadora Aladilce (PCdoB), que solicitou o pedido de vistas, declarou à imprensa: “Precisamos de tempo para analisar. Há uma reclamação muito grande entre os trabalhadores da educação e outras categorias”.
O líder do governo, Kiki Bispo (União Brasil), se defendeu afirmando que o projeto foi bem discutido antes de ser enviado à Câmara e que a prefeitura dialogou com as categorias envolvidas.
Os professores estão em protesto, exigindo o cumprimento do piso nacional do magistério, que é de R$ 4.867 para uma carga de 40 horas semanais. A proposta do governo, que aumenta em 6,27% as faixas salariais, não atende às demandas completas dos docentes.
Em resposta ao descontentamento, Aladilce afirmou que a Câmara deve votar a proposição com responsabilidade e “consciência” do que está sendo discutido.