O reajuste do funcionalismo público, incluindo o dos professores, não será votado na próxima quarta-feira, 21. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vereador Sidninho (PP), informou durante a sessão ordinária no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador (CMS) que a votação foi adiada devido a um pedido de vistas feito pela bancada de oposição.
“A possibilidade é muito remota, até porque existe um pedido prévio de vistas por parte da oposição”, explicou Sidninho. A liderança da oposição, representada pela vereadora Aladilce (PCdoB) e pela vereadora Marta (PT), está disposta a investigar mais o projeto antes de sua votação.
“Nada posso fazer se não requerer a devolutiva em 72 horas, e isso é até à quinta-feira”, afirmou Sidninho, destacando as regras rigorosas que a CCJ segue.
Após a sessão, os vereadores se reuniram nas comissões de CCJ, Finanças, Orçamento e Fiscalização (CFOF) e Educação para discutir o projeto. A vereadora Aladilce, uma das principais vozes do funcionalismo, solicitou mais tempo alegando a necessidade de melhor análise, dada a insatisfação atual das categorias em relação à proposta do Executivo.
O líder do governo, Kiki Bispo (União Brasil), defendeu o projeto, afirmando que houve diálogo com os sindicatos envolvidos e que o conteúdo da proposta foi discutido antes de sua apresentação na Câmara. Os professores, que estão protestando pelas ruas de Salvador, alegam que o ajuste proposto não atende suas expectativas, reclamando do piso do magistério nacional.
Com os profissionais de educação exigindo melhorias, a proposta de reajuste enviada pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) fixa um aumento de pelo menos 6.27% em níveis escalonados, mas está longe de convencer os professores que buscam melhorias mais robustas.