Rita Lee, um ícone da música brasileira, é retratada em sua totalidade no documentário Ritas, dirigido por Oswaldo Santana. Este filme resgata não apenas sua trajetória musical de quase seis décadas, mas também suas convicções pessoais e seu ativismo, capturando a essência dessa artista multifacetada.
A pré-estreia ocorre hoje, no Cine Glauber Rocha, às 18h, e a estreia oficial nos cinemas será na quinta-feira. Santana, que assume a direção pela primeira vez em um longa-metragem, compartilha seus desafios na construção desse projeto, que começou em 2018 após adquirir os direitos da autobiografia de Rita. “A partir de uma longa entrevista com ela, pudemos trabalhar com material que vai além da superfície de sua carreira”, declara.
Com a forte presença de Rita, que era ativa no processo até seus últimos dias, o filme evita a necessidade de entrevistas com outros artistas, pois a autenticidade do material de arquivo fala por si só. O documentário mostra Rita em diferentes fases da vida, desde sua juventude com Os Mutantes até seu sucesso como artista solo, com clássicos que marcam gerações.
Além de sua vida musical, o filme dá destaque a temas como empoderamento feminino e ativismo, evidenciando como Rita sempre quebrou tabus e se destacou como uma voz forte pela liberdade de expressão e direitos das mulheres. “Não existe a palavra ‘tabu’ ou ‘censura’ no vocabulário dela”, observa Santana.
A obra, embora compacta, se propõe a acentuar a complexidade de uma artista que continua relevante e inspiradora.