Brasília, Distrito Federal — O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de oito réus por tentativa de golpe de Estado será retomado na manhã desta quarta-feira, 10, com a leitura do voto do ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF).
Como já adiantou o próprio magistrado, Luiz Fux apresentará divergência em relação ao voto do relator, Alexandre de Moraes, que votou pela condenação da maioria dos acusados na trama golpista. O placar inicial está em 2 a 0 a favor da condenação. O que isso pode significar para o desfecho?
Após a leitura do voto de Fux, a ministra Cármen Lúcia apresentará o seu voto. A tendência é que a magistrada acompanhe o voto do relator, conforme ocorreu com o ministro Flávio Dino.
Por fim, resta apenas o voto do presidente do colegiado, Cristiano Zanin.
Os réus respondem por golpe de Estado, organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
O STF reservou cinco sessões para o julgamento, com a seguinte programação: 2/9, terça-feira (9h-19h); 3/9, quarta-feira (9h-12h); 9/9, terça-feira (9h-19h), com intervalo entre 12h e 14h. As próximas audiências estão marcadas para 10/9, quarta-feira (9h-12h) e 12/9, sexta-feira (9h-19h), também com intervalo entre 12h e 14h.
Saiba quem são os réus:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, candidato a vice-presidente em 2022;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente;
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro.