Pituba não nasceu por acaso. Nos anos 1930, a cidade de Salvador passou a redesenhar a região com ruas largas, traçado geométrico e loteamentos bem definidos, marcando uma ruptura em relação ao Centro Antigo.
Segundo o historiador Rafael Dantas, Pituba representa uma ruptura em relação ao Centro Antigo de Salvador, tendo nascido de planejamento urbano.
“Pituba é um bairro que nasce planejado”, disse o historiador.
O projeto urbano ganhou forma a partir da atuação de Joventino Pereira da Silva, que recebeu as terras do cunhado e contratou o engenheiro Theodoro Sampaio para conceber o plano apresentado e aprovado em 1932, com a abertura de dez vias paralelas ao mar e 15 transversais, além de infraestrutura mínima para loteamentos.
Na época, investidores passaram a adquirir grandes glebas: entre eles, a família Odebrecht, cuja atuação ajudaria a originar o Caminho das Árvores. A pavimentação da Avenida Octávio Mangabeira em 1949 acelerou a urbanização, seguida pela construção da Igreja de Nossa Senhora da Luz, iniciada em 1954, e pela criação do Parque da Cidade em 1959.
O processo de verticalização ganhou impulso na década de 1960 e 1970, com a instalação do Colégio Militar de Salvador, do Clube Português e da Av. Tancredo Neves, inaugurada em 1968. Em 1976, a Pituba foi declarada Zona Homogênea, abrindo espaço para a expansão imobiliária e para a consolidação de um novo eixo de desenvolvimento próximo ao Caminho das Árvores.
Hoje, a Pituba é considerada um dos territórios mais dinâmicos de Salvador, reunindo habitação, comércio e serviços privados, com alta concentração de residências verticais. A trajetória recente incluiu a requalificação de praças e de espaços públicos para manter a centralidade social do bairro. Não há, no material apresentado, detalhes de desdobramentos futuros específicos, cabendo atualizações oficiais conforme planos urbanos da cidade.