Em Simões Filho, Tamara Trindade da Silva, 28, e Mayane Coelho Brandão, 20, foram mortas; os corpos foram encontrados na quinta-feira, 2 de outubro, numa área de mata de difícil acesso na região de Fazenda Nova, Pitanguinhas, na Região Metropolitana de Salvador. O ajudante de pedreiro Jonas Souza Santos, conhecido como Índio, confessou envolvimento e apontou onde os corpos estavam escondidos; ele foi detido na manhã de hoje pela Polícia Civil, com apoio do Serviço de Inteligência, na Avenida Elmo Serejo de Farias, no Centro da cidade.
Conforme o delegado Jader Oliveira, titular da 22ª Delegacia Territorial, a apuração foi rápida e levou à localização dos esconderijos e à prisão de um dos autores. Em depoimento, Jonas disse que teve relacionamento com Tamara e que ela teria furtado dele R$ 15 mil, o que motivou o crime por vingança. A Polícia Civil informou que as forças de segurança já trabalhavam há vários dias na localização dos corpos.
Crime premeditado e motivação por vingança, disse Oliveira.
O delegado descreveu o crime como premeditado e movido por vingança. Segundo o depoimento, na noite de 25 de setembro ele, o comparsa — cujo nome não foi divulgado — e Mayane estavam bebendo em um bar no Cia II; Mayane convidou Tamara a se juntar ao grupo. Ao chegar à Fazenda Nova, Tamara foi confrontada sobre o dinheiro; houve luta e, segundo Jonas, a vítima foi esfaqueada. Mayane, que não era alvo inicial, acabou morta ao pedir socorro para evitar ser denunciada; o comparsa ajudou a segurá-la e desferiu socos no rosto. Uma versão adicional mencionada pela polícia indicaria que as amigas foram mortas por não aceitarem se relacionar com os suspeitos, mas essa linha não foi corroborada por testemunhas.
Além das facadas, as vítimas teriam recebido golpes de machado, armas que teriam sido descartadas pela dupla enquanto buscavam ocultar os corpos. A motocicleta que as jovens usavam no dia do desaparecimento foi jogada em um lago de Simões Filho e ainda não foi resgatada.
O suspeito permanece custodiado na Central de Flagrantes da Região Metropolitana, aguardando audiência de custódia. A Justiça já foi acionada com pedido de conversão da prisão em flagrante para preventiva. A polícia continua buscando o segundo envolvido, que permanece foragido. A família de Jonas pediu que a população respeite o luto, reforçando que não tem participação no crime.