Em Salvador, na Bahia, entre agosto e outubro deste ano, três atropelamentos envolvendo corredores durante treinos deixaram um rastro de dor: um atleta teve a perna amputada, outra atleta morreu e um terceiro permanece internado. Os episódios seguiram um padrão parecido: atropelar pessoas em atividade física.
Entre os casos, Emerson Pinheiro, 29 anos, foi atropelado na Orla em 16 de agosto e teve a perna amputada.
Marta Maria dos Santos, 60 anos, foi atingida na Avenida Paulo VI na madrugada de 6 de outubro e não resistiu aos ferimentos, morrendo no dia 16 de outubro.
Edmilson Ferreira da Silva Filho, 45 anos, foi atropelado no Centro Administrativo da Bahia (CAB) em 18 de outubro e permanece internado no Hospital Geral do Estado.
Na reunião, pedimos que os grupos de corrida apresentassem sugestões de locais mais seguros para treinos. A ideia é reforçar a sinalização, intensificar a fiscalização e divulgar áreas adequadas para a prática esportiva.
Segundo a organização SSAqueCorre, o episódio reforça a sensação de insegurança entre atletas de corrida em Salvador. Em resposta, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) informou que está mapeando áreas seguras, reforçando a sinalização e aumentando a fiscalização para prevenir novos casos.
A Transalvador também anunciou a criação de uma cartilha educativa para praticantes com orientações de conduta segura, como evitar o uso de fones de ouvido e correr no sentido oposto ao tráfego, além de estimular integração entre apps de navegação para alertas em áreas com alta circulação de atletas.
Além disso, foi apresentado à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) um projeto de lei para a criação da Zona de Proteção à Vida Ativa (ZPVA), prevendo redução de velocidade para 30 km/h em horários de pico esportivo, sinalização específica, instalação de lombadas e fechamento parcial de vias em períodos determinados.
As investigações seguem em curso e a Alba deve analisar a tramitação da ZPVA, com debates previstos para discutir a segurança de atletas em áreas urbanas de Salvador. O tema segue em aberto, com debates e medidas para melhorar a segurança de atletas em áreas urbanas de Salvador.
