O ex-jogador Robson de Souza, conhecido como Robinho, foi condenado pela Justiça italiana a nove anos de reclusão pelo estupro coletivo de uma mulher albanesa em Milão. Em um vídeo divulgado na terça-feira, 28, ele detalha como é a sua rotina no Centro Penitenciário Tremembé II, no interior de São Paulo, onde está preso desde março de 2024.
Segundo ele, a alimentação e o horário de dormir são iguais aos dos demais reeducandos.
“A alimentação, o horário que durmo, é tudo igual aos outros reeducandos”
“Nunca comi nenhuma comida diferente, nunca tive nenhum tratamento diferente. Na hora do meu trabalho, faço tudo aqui que todos os outros reeducandos também são possíveis de fazer. Quando a gente quer jogar um futebol, é liberado quando não tem trabalho no dia de domingo. Nunca tive nenhum tipo de benefício”
Ele informou que as visitas ocorrem aos finais de semana, quando recebe a esposa, Vivian Guglielmetti, e os filhos.
O ex-jogador também negou qualquer tipo de liderança ou problemas psicológicos, segundo registros divulgados pela defesa.
“As mentiras que têm saído que sou liderança, que eu tenho problema psicológico. Nunca tive isso, nunca tive que tomar remédio, graças a Deus”
“Apesar da dificuldade que é estar numa penitenciária, graças a Deus sempre tive uma cabeça boa e estou fazendo tudo aquilo que todos reeducandos também podem fazer. Aqui o objetivo é reeducar, ressocializar aqueles que cometeram erro. Nunca tive nenhum tipo de liderança aqui, nenhum lugar. Aqui quem manda são os guardas, como falei para senhora, e nós, reeducandos, só obedecemos”
O caso que resultou na condenação ocorreu em 2013, quando atuava pelo Milan. À época da decisão definitiva, de janeiro de 2022, ele já havia retornado ao Brasil. A Justiça da Itália solicitou extradição, mas a Constituição Federal não permite a extradição de cidadãos brasileiros. Em seguida, italianos pediram que a sentença fosse cumprida no Brasil, o que foi aceito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em julho, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o recurso da defesa e manteve o ex-atleta, hoje com 41 anos, preso. Em setembro, o STJ negou um novo pedido, desta vez de redução de pena.
Não há confirmação de desdobramentos futuros, como novas audiências, até o momento.
